Inteligência Artificial é capaz de criar música através de atividade cerebral

Inteligência Artificial é capaz de criar música através de atividade cerebral
Foto: Spotify

Tem momentos que há músicas que fixam em nossa mente, e ficamos com aquela sensação de ter ouvido, mas não tem certeza de onde. Está sendo desenvolvido um modelo de inteligência artificial, em parceira com o Google, chamado Brain2Music, pela universidade de Osaka, no Japão, assegurando a capacidade de trazer essa informação no futuro.

Foi realizado um estudo de viabilidade e publicado em 20 de julho, que aponta em seus resultados do processo, que varreduras de ondas cerebrais feitas enquanto indivíduos ouviam música no laboratório foram transformadas em “reconstruções” da música, usando um novo modelo de Inteligência Artificial. A pesquisa foi intitulada como Brain2Music: Reconstruindo a música da atividade do cérebro humano.

Inteligência Artificial é capaz de criar música através de atividade cerebral
Foto: Spotify

Durante a pesquisa os participantes ouviram amostras de músicas de dez gêneros diferentes, incluindo rock, clássico, metal, hip-hop, pop e jazz, enquanto os pesquisadores usaram exames de ressonância magnética funcional (fMRI) para medir a sua atividade cerebral e pequenas mudanças no fluxo sanguíneo. Com essas leituras, é possível descobrir padrões de atividade cerebral ligados a elementos musicais, incluindo humor, gênero e instrumentação.

Os pesquisadores também incluíram um outro sistema de IA do Google, sendo ele o MusicLM, para investigação, e no relatório desse estudo, o sistema consegue criar músicas de qualquer gênero, levando em consideração elementos como melodia, ritmo e emoções.

Os dados do fMRI e o MusicLM foram fundidos pelo modelo de AI para reconstruir a música que os participantes do teste estavam ouvindo, com base no contexto de sua atividade cerebral. Os resultados apontados pela equipe demonstraram como fragmentos musicais, que soam notavelmente semelhantes, foram traduzidos pela Inteligência Artificial com base nas ondas cerebrais dos participantes.

Mesmo que o Brain2Music não tenha reproduzido as músicas nota por nota, suas reconstruções são semelhantes aos originais. Vocais ininteligíveis podem ser ouvidos nas reconstruções, mas as letras das músicas alvo não foram reproduzidas, já que o Brain2Music não foi projetado para reconstruir o conteúdo lírico.

Argumento o cenário do estudo, os pesquisadores sugerem que “um próximo passo emocionante é tentar a reconstrução da música ou atributos musicais da imaginação de um sujeito. Isso se qualificaria para um rótulo real de ‘leitura da mente'”.

Pode se dizer que esta pesquisa traz perspectivas de levar ao desenvolvimento de uma tecnologia capaz de ler melodias, acordes, ritmos e timbres diretamente de seu cérebro. À medida que a IA evolui, o potencial para mudar o processo de criação musical também se modifica, possibilitando os músicos a se conectarem a um modelo de IA para compor uma canção, ou várias, gerando automaticamente uma partitura.

Mas, por ora, é possível apenas ver os primeiros passos de algo que pode redimensionar o mundo da música no futuro.

Matéria produzida por The Music Journal Brazil

Stay Chave anuncia o inédito single 'Tão Linda' para setembro

Stay Chave anuncia o inédito single ‘Tão Linda’ para setembro

Prefeito de uma cidade do Rio vive romance secreto com modelo

Prefeito de uma das cidades do RJ vive romance secreto com modelo