A gravadora Warner Classics lançou na última sexta-feira (29), a coletânea Drama Queen, que reúne algumas das mais dramáticas cenas e árias de ópera já gravadas pela lendária Maria Callas (1923-1977). O álbum já está disponível em todas as plataformas digitais.
Mesmo quatro décadas após a morte de Callas em Paris no ano de 1977, o que o diretor Franco Zeffirelli disse sobre ela é verdadeiro até hoje: “Há uma era “BC” e “AC” – “antes de Callas” e “depois de Callas”.
Teria sido fácil encher uma caixa de CD com inúmeros exemplos da versatilidade de Maria Callas, especialmente em gravações mono, embora reconhecidamente menos tecnicamente perfeitas, mas ainda mais intensas, de suas performances ao vivo de 1949 a 1953. A coleção termina com apenas uma gravação ao vivo de modo que o segundo arco narrativo central de sua carreira seja pelo menos abordado brevemente: a ária D’amore al dolce impero de Armida, mencionada acima, gravada ao vivo no Teatro Comunale, em Florença, em 1952. Esta é uma gravação divina de La Divina, que hoje, quase 70 anos depois, ainda transcende o tempo e a arte.
Na época, as performances da jovem Maria Callas colocavam o bel canto em oposição ao verismo – com o último confiando principalmente em explosões poderosas e dinâmica “forte” para expressar emoções – enquanto o bel canto, que o zeitgeist havia abandonado, recebeu uma voz inesperada e ainda mais impressionante. Como resultado, 1952 marcou nada menos que uma mudança radical no mundo da ópera.
Ouça a compilação Drama Queen de Maria Callas:
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