A Forbes fez uma análise interessante sobre os ganhos que os representantes legais do espólio fonográfico e editorial de Michael Jackson obtiveram desde a morte do cantor em 2009. Houve uma diminuição drástica nos valores, mas que, segundo a publicação, não foram resultado do impacto das recentes alegações de abuso contra o artista como são relatadas no documentário Deixando Neverland. As questões são mais mercantis que morais.
Nos últimos anos, a obra de Michael Jackson rentabilizou US$ 400 milhões, elevando seu total pós-morte para US$ 2,4 bilhões. Contudo, de acordo com a publicação, a arrecadação em 2019 foi drasticamente reduzida para US$ 60 milhões.
A Forbes explica que em 2018, os ativos de Michael Jackson resultaram em quase US$ 300 milhões depois da venda da participação do cantor na editora EMI Music Publishing. Soma-se a isto, um novo contrato de gravação com a Sony Music Entertainment e valores recebidos para que um especial de Halloween fosse realizado na emissora CBS.
E não para por aí: os totais de streaming da obra fonográfica de Michael Jackson nos EUA subiram de 1,8 bilhão para 2,1 bilhões, um aumento significativo de 17%.
Ou seja, todos os ganhos de Michael Jackson que resultavam a cada ano em US$ 100 milhões, com celebrações póstumas e lançamentos especiais após a sua morte foram concluídos.
“Michael Jackson talvez tenha sofrido um pouco demais na mão dos críticos, mas provavelmente recebeu uma quantidade igual de apoio dos fãs”, observa David Bakula, vice-presidente sênior de Insight e Analytics da Nielsen Music. “Ele continuará a crescer porque o streaming continua a crescer e porque ele tem algumas músicas pop incrivelmente populares”, concluiu.