Vindo do fundo do underground carioca o Planet Hemp uma das bandas de maior repercussão da música brasileira nos anos 1990, lançou sua primeira música em mais de duas décadas. Já se passaram 22 anos desde que o grupo de Marcelo D2 e BNegão lançou seu último álbum A Invasão do Sagaz Homem Fumaça.
Porém, no último mês o hiato de inéditas foi quebrado com o single Distopia, uma parceria com o rapper paulistano Criolo.
Em entrevista ao TMJ a banda falou sobre longo hiato e o que podemos esperar desse novo álbum.
“A prisão foi marcante, mas estávamos preparados para isso desde o começo, a gente sabia que uma hora iria dar m*rda, afinal surgimos menos de 10 anos depois da ditadura militar, ainda tem muito coronel por aí. Mas é tanta coisa que estamos passando no país, que você até esquece de um absurdo que é passar oito dias na cadeia por causa de letras. É tanto absurdo, que isso que passamos fica lá atrás, antes e depois disso veio tanta coisa, me dói muito mais o que aconteceu, por exemplo, polícia entrar e matar 21 pessoas em uma comunidade, do que a minha prisão, esse país é duro de mais que você acaba normalizando certas coisas que são inaceitáveis. O Planet Hemp não é sobre mim e nem sobre a gente aqui, é sobre todos nós [sociedade]”, disse Marcelo D2.
Questionados se pensaram em se adequar musicalmente a essa nova geração de influenciadores e tiktokers, ele dispararam. “Nâo, lá se foram 22 anos, mais uma geração está aí. Nunca fomos adequados a nada (risos), nem na época em que iniciamos, as pessoas que se adequaram ao nosso som, o que se pode esperar desse novo álbum é Planet Hemp sendo Planet Hemp, uma banda de opinião forte e que incomoda”, finalizaram.
